Rede? Fusões? Parcerias? Todas juntas?
Qual dessas é a melhor solução? Que modelo de negócio esta surgindo? Para onde vão as empresas? Quantas serão?
Temos essas respostas? Não, não temos! Será que as grandes só vão emprestar sua marca para que as linhas de montagem sejam feitas por pequenas? Será que as pequenas vão se rebelar, para ai se tornarem grandes (teoria do caos). Será que a existência será simbiótica?
Vamos ver do ponto de vista da empresa de um homem só, será que ter o domínio de toda cadeia produtiva é a solução? Parece-me que não! Vejamos:
Há um tempo a trás, quando fazia projetos de arquitetura, eu era responsável por toda a cadeia e logicamente não dava conta! Como prospectar, pensar, desenhar, atender, tudo de uma vez só, sendo que era preciso ter volume de serviço, mas era impossível fazer tudo ao mesmo tempo, como se fosse cobrar o escanteio e cabecear! A melhor solução: parcerias, trabalho em rede, prover solução e buscar formas para resolução do problema, superando barreiras que engessam a produção.
Mas conheço uma empresa, do ramo hospitalar, que fabrica carinhos para anestesia, onde tecnologia é alta e a eficiência tem que ser 100%,se não o paciente pode morrer. Essa empresa chegou a ter 90% do mercado, e lá, quase tudo era produzido por ela, com exceção de alguns componentes como o rodízio, que eram italianos.
Não acho que exista um modelo certo ou errado, existem vários que estão certos, e tudo depende de como é aplicado, e errado é escolher um modelo que não satisfaça sua necessidade. Mas pior ainda é não ter o que escolher! Ai meu colega, ponha os dois pés no freio, e pare! Alguma coisa no seu modelo não esta funcionando há muito tempo!
Agora se eu fosse um dessas gigantes?
Ah! Eu teria em mente algumas coisas: Solucionar da melhor forma a necessidade do cliente, porem, fazendo de maneira inteligente para minha empresa, buscando otimizar os lucros, e se para isso eu tivesse que fazer parceiras, assim o faria, se tivesse que fazer alianças ou então gastar um tempo pensando como seria melhor, faria isso! O meio não me importa, desde que seja a melhor escolha para o momento e que a minha estrutura fosse flexível e sensível às mudanças do globo.
Outro dia, lendo uma revista, dessas semanais de atualidades, estava lá na chamada: Angélica (apresentadora infantil) com problemas! Pensei: “como pode se ela tem tanto dinheiro?!”. A matéria falava que ela estava perdendo mercado e que suas patentes estavam caindo e que não se produzia mais o número de coisas com a marca dela. Porque? Esta é a questão!?
Meio obvio, mas ela não enxergou! Satisfeita com o que ganhava, se acomodou e acho que nunca mais iria sair do pedestal! O mercado dinâmico não aceita isso, é preciso estar “ligado”, se preferir, plugado, nas mudanças do mundo. Ficar sempre desconfortável com a sua situação e buscar coisas novas, a Angélica não viu a principal mudança: ela mesma!
Foi nessa revista também que li alguma coisa sobre Comunidade Européia... Pára de coçar a cabeça com essa cara de ué! O que tem haver a CE, ALCA com modelo de negócio e política? TUDO!
Sem as forças políticas, nós nem capitalismo teríamos! Mas a grande questão é ate onde o governo e suas políticas podem e devem interferir nas empresas? Será que o governo deve servir de ponte entre blocos? Ditar as regras e só? E no caso do Brasil, onde o governo vive em picos de credibilidade que afastam investimentos do país? Será que deveria ficar a distancia e deixar o mercado livre de usa interferência ou funcionar de forma ativa para o crescimento de nossas empresas?
Se a ultima hipótese acontecer, e o mundo for de algumas poucas empresas, como disse antes, como ficaríamos?
Será que estamos indo para uma nova forma de capitalismo? Ou uma nova forma de economia uma vez que nossos valores estão mudando?
Por Fernando Katayama 28/03/2002
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