Neva. É primavera. Dizem que é normal. Para mim parece anormal, sendo que é primavera. Deveriam ser flores e não flocos. Mas é primavera e as flores logo virão. Tudo ficará verde e florido, chegará o calor e tudo parecerá normal.
Anormal mesmo é o que eu ando vendo nos jornais brasileiros. Abismado com as coisas da América do Sul e com as direções que o governo Luluista vem tomando.
Começou com o parimento de ministérios, para agradar os gregos, os troianos, os astecas, os maias, o PCC, o PMDB, PSD, PFL... Dando mais que puta desesperada, Lula gerou mais e mais ministérios, aumentando o já altíssimo custo da máquina estatal enferrujada. Ai, veio o Bush. Lula nada conseguiu do macaco gago. Depois Lula foi. Achou bacana andar no carrinho de golf e nada conseguiu do macaco gago, que ludibriou o inocente Presidente brazuca.
Pior não foi isso. Lendo notícias, vi que o Planalto esta andando em cascas de ovos para ir discutir com Chavéz sobre os bio-combustíveis. Lógico que isso é pressão gringa, que já sabe que esse recurso negro, já tem os dias contatos.
Chavéz, verborragico, falou pelos cotovelos sobre a fome e os problemas do uso de cana para fazer combustíveis. Segue a filosofia de Castro, como a cartilha da galinha Corococó lá do jardim da infância. O anti-americanismo chaveztiano soa-me idiota em um mundo globalizado. E Lula não sabe se cai para o lado do Chavéz, a quem se refere como aliado ou se cai fora e dá loco o lombo para os Greengos. Chavéz justifica que trará fome ao mundo o programa de uso de combustíveis alternativos, uma vez que as áreas destinadas ao plantio serão tomadas pelo feroz capitalismo.
Lógico que Chavéz não esta olhando para a fome do mundo, porque o problema da fome não é terra, nem recurso, é político. Chavéz como todo bom ditador, assim como Fidel, olha para o próprio umbigo. Esta puxando sardinha pra o seu lado. Venezuela é um grande produtor de petróleo e uma fonte alternativa, minaria não só a sua economia mas o grande poder de barganha com os americanos.
É claro que um programa de incentivo ao plantio da cana-de-açúcar tem que ser muito bem feito com regras e restrições, principalmente em um país-lambança como o Brasil, enraizado no extrativismo colonial. O capitalismo desvairado poderá levar a monocultura aos extremos dela.
Lula parece um nó cego. Vai defender o pró-álcool e nada desatará. Deve ser porque assim dará pra fazer mais cachaça. Vai dizer que colocará mais homens no campo e que gerará mais empregos. Pode ser verdade, contudo um campo maquinado e bem equipado é mais produtivo que com um bando de bóias-frias, e como bom capitalista, prefiro máquinas produtivas à um bando de bóias-frias.
É preciso ter mais cuidado ainda, o falarmos da distribuição da renda, através de mais homens trabalhando no campo. Com o plantio da cana, o risco dos Barões voltarem a cena e grande, e a renda ficaria mais concentrada, uma vez que é preciso terra. Muita terra. Lembre-se que: a tal reforma agrária já faz 20 anos e até agora mesmo velha, ela nem sabe engatinhar. Para piorar, nasceram serem malignos como o Maluco do MST com idéias pra lá de perigosas a humanidade.
Seria melhor o Brasil investir em pesquisas e desenvolver novos recursos. Aliás falta ao Brasil posicionamento estratégico. Como quando perguntamos a um garoto o que ele quer ser quando crescer, e ele diz: bombeiro. Se perguntar ao Brasil, ele, com 500 anos ainda não sabe a resposta. Enfim, Lula e Chavéz são dois nós cegos.
Pior ainda é a crise dos aeroportos, controladores de vôos, porque até para sair do país a coisa ficou difícil. Lula, na maciota, anuncia o fim da crise sem ter uma solução. Só no Brasil para alguém anunciar o fim de uma crise, sem ter uma solução. E como sempre, ele brinca que governa.
Mas o melhor exemplo mesmo é o Rabino Surtado. Já o achava louco e hipócrita, com aquele sotaque arrastado e idéias de devaneios. Mas o surto de luxo do Rabino, o ladrão de gravatas Louis Vuitton e Armani comprovou tudo.
No Brasil roubar é legal. O rabino só se desculpou e nem se quer pagou fiança.
E de fato, o Brasil enlouquece qualquer um.
Música: 1.100.00 - Ana Carolina - Dois Quartos - 2006
Por Fernando Flitz Katayama, Toronto, On Canada April 5 2007
1 comment:
Fernando, você concicilou dois temas e mostrou uma conclusão: a liderança mundial está numa crise jamais vista antes. Política, econômica ou espiritual, a verdade é que já não existe referência entre o certo e o errado, justo ou injusto, e como você mencionou, equilibrado e desequilibrado. A conduta do rabino é perfeitamente compreensível em um país onde o crime está sindicalizado, mas inexplicável no primeiro mundo. O que teremos daqui a dez ou quinze anos, quando as sementes desses líderes já tiver fecundado as próximas gerações? Quem nos governará? Foi em um cenário assim que surgiram os grandes ditadores da história. Fernando, vou lhe dizer quem será o próximo grande líder mundial: alguém jovem, dinâmico, seguro de si, que sabe onde quer chegar e que terá uma liderança político-econômica e carisma suficiente para ser líder espiritual de um planeta globalizado. O cenário está se ajustando. Nossa crise é muito maior do que você relatou, brincando e criticando. Eu queria ter um dom assim, de enxergar e saber expressar sem agredir. Excelente texto. Abraços.
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