É 64. O canhões estão na rua. Tanques circulam como taxis. Homens de capacete e farda tomam os principais locais do país. No Rio, patrulhas caçam. Em São Paulo, já estão nos calabouços. Estudantes correm sem direção. O Congresso e o Senado estão fechados. Entre “twist and shout”, do reis do ye-ye-ye, ouve-se tiros de fuzil. Esta instaurado o período ditatorial mais longo da história nacional.
Durante esse vinte e poucos anos, muita coisa aconteceu. Uma das grandes coisas, foi perder a chance de transformar o que era a esperança e o sonho, ou então a “bola da vez” chamada Brasil, para ser a “bola do jogo”. Sair do jargão “país do futuro” e fazê-lo presente. Os militares jogaram a melhor chance que tivemos. Nesse período de perseguições, torturas e mortes, tiveram também fugas. Quem pode correu, quem não pode... Formaram-se os grupos dos exilados políticos espalhados pelo mundo. Por todo canto encontrava-se um brasileiro, por ai, despatriado. Expulsos de seu país para poder viver.
Mas passaram-se já vinte anos da abertura política. 40 do início da Ditadura. O país vive ainda em um caos. No Rio, estão quase implorando para os tanques voltarem às ruas. Em São Paulo, há muitos em calabouços, não mais do DoiCod, mas do PCC. O Congresso e o Senado estão abertos mas vivem vazios, e mesmo quando cheios, não servem para nada, só aumentam as crises e escândalos. Os estudantes já não correm e nem tem porquê, já que não tem inimigo declarado e comum, e muitos inimigos são amigos do ponto. Estudantes não sabem para onde ir, já que caminho e perspectiva não se tem. Não temos mais os Garotos de Liverpool. Tivemos as bundas de Carla Perez, e algo pior virá. Faz vinte anos que a mais porca democracia esta instaurada, talvez menos mal.
Mas tem também os exilados. Exilados como eu, por opção. É um fenômeno latino-americano-brasileiro. Quem pode, sai. E não pensem vocês que são pessoas com a corda no pescoço não. Vejam que entram nessa lista até os boleiros milionários, como Ronaldo e Ronaldinho. Tem um êxodo agora para a NBA. Os astros se mandam antes. Tem também aquele grupo da média e alta gerência que pedem transferencia. E tem os como eu.
4 milhões partem todo ano para a romaria de viver sobe outra bandeira1. O caminho inverso dos colonizadores de 500 anos atrás, ou dos italianos, alemães, japoneses, turcos, árabes que foram ao Brasil em busca de alguma coisa muito parecida com esses 4 milhões.
Cada um tem o seu motivo, a sua justificativa, a sua história. Mas o objetivo é sempre muito parecido: tentar o que parece ser impossível na terra natal. É claro que isso mostra que existe alguma coisa não muito certa, mesmo porque, esse número são de pessoas que saíram oficialmente. E nem entramos no mérito dos que querem, mas não podem ou não vão.
Outro dia disse a um famoso jornalista: “... Talvez seja melhor morrer como herói, aquele que morre pelo que acredita, do que viver sem esperança alguma... Faço parte desse contingente, que saiu do país, talvez expulso ou em exílio espontâneo, na busca de um sonho. E eu prefiro morrer tentando, ao viver conformado”
E ele me respondeu: “... Lamento ter que te dizer, que acho que fez a coisa certa...”
Notas”1 - Folha de São Paulo, Editoriais, Clóvis Rossi, 26 Junho 2007
Música: Samba de Orly - Chico Buarque
Por Fernando Flitz Katayama, Toronto, On Canada 27 jun 2007
Wednesday, June 27, 2007
Friday, June 08, 2007
Eu não gosto de Cachaça
Certa vez, há muito tempo atrás, no auge da minha adolescência nem tão rebelde assim, fui acampar. Eu e meus comparsas tínhamos esse hábito de nos metermos em lugares longínquos e ermos. Longínquos e ermos para nós, afinal tudo era feito no melhor estilo, pé-ônibus. Quanto mais longe, ermo, sem estrutura, melhor.
Numa dessas excursões da rapaziada classe A da cidade, nos deparamos em um camping. Resolvemos ficar. Fizemos amigos naquele verão, e amigas, que passaram a ser mais importante que os amigos novos, uma vez que a testosterona estava no pico. Enfim, tempos de diversão em meio a natureza. Tínhamos também as fogueiras e rodas de violão, cantando as músicas do Legião e Paralamas, os novos rebeldes desse tempo. Em uma dessas rodas, apareceu um garrafa de cachaça. Não era da boa certamente, mas era cachaça. Foi o pior fogo que tomei na minha vida. Vi o mundo de uma perspectiva imiaginável aos olhos sóbrios de hoje. Chamei Jesus de Genésio. O dia seguinte, foi pior que a noite anterior. A ressaca secara minha boca e minha cabeça parecia um festival de marteladas. Inesquecível, tanto que conto há agora, depois de uns quase 20 anos. Desde então, não gosto de cachaça.
Mas parece que esse meu anti-gosto não é compartilhado com o Lula. Talvez agora ele só tenha mudado o rótulo da garrafa. Lula vem enfatizando o desenvolvimento do bio-combustíveis, o que, de um ponto de vista é louvável. Afinal incentiva a pesquisa e desenvolvimento, coisa meio lenta no país. A política do bio-combustíveis de Lula é reconhecida em todo o mundo.
Lobistas do óleo divulgaram recentemente uma pesquisa da ONU, mostrando que o bio-combustível já afeta o mercado antes mesmo de se tornar uma realidade, menos virtual. Nesse relatório, afirma-se a alta nos preços dos alimentos.
É de extrema importância o desenvolvimento de novas tecnologias para os combustíveis uma vez que o petróleo esta com seus dias contados. Precisa-se desenvolver combustíveis que não só impulsione os veículos e a indústria, mas que também não piore o aquecimento global, e ainda por cima gere empregos.
Esse é meu medo com o álcool de Lula. Não só o que ele bebe, mas o projeto Pró-álcool. Todo mundo vê a curto prazo, uma coisa boa. E eu vejo a longo, uma coisa ruim. Álcool precisa de cana. Yes! Nós temos cana. Para o plantio da cana-de açúcar, é preciso terra, muita terra e de novo, Yes! Nós temos terra. Além de que a tecnologia do etanol como combustível é nossa. Então porque não?
Porque o grande problema do Brasil é e sempre foi, e parece que sempre será, a péssima distribuição da renda. Foi assim nos tempos da Coroa. Do café. Do primeiro ciclo da cana-de-açúcar. Da borracha. Dos grandes latifúndios. E hoje dos poucos aglomerados de ricos.
O Pró-álcool traz de volta o risco do latifúndio. Terras e mais terras cheias de cana, produzindo milhões de litros de álcool outros milhões de litros de vinhoto, alguns empregos para bóias-frias, e pouquíssima distribuição de renda.
O comunista Lula, a favor da reforma agraria, da distribuição de terra, padrinho do MST, a favor de tomar a fazenda do FHC, sumiu! Esqueceu-se das teorias comunistas, que talvez tenha aprendido, ou só tenha ouvido falar no disse-que-me-disse. Parece não ver que o Brasil esta parado no tempo. Ficou na lembrança para a lembrança o slogan, “país do futuro”, para voltar a ser o grande latifúndio do mundo. Tudo porque falta dar fermento a classe média que hoje é inexistente, faze-la crescer e educa-la. É a única chance do Brasil começar a se movimentar.
Essa história do etanol me deixa preocupado. O relatório da ONU parece fazer sentido uma vez que, não comemos cana, a não ser rapadura e açúcar, mas bebemos, como cachaça ou garapa com pastel na feira.
Eu não bebo e não gosto de cachaça. Mas o Lula continua tomando a dele.
Música: Sera - Legião Urbana - para meus amigos que cantávamos juntos envolta das fogueiras.
Por Fernando Flitz Katayama, Toronto, On Canada 8 June 2007
Numa dessas excursões da rapaziada classe A da cidade, nos deparamos em um camping. Resolvemos ficar. Fizemos amigos naquele verão, e amigas, que passaram a ser mais importante que os amigos novos, uma vez que a testosterona estava no pico. Enfim, tempos de diversão em meio a natureza. Tínhamos também as fogueiras e rodas de violão, cantando as músicas do Legião e Paralamas, os novos rebeldes desse tempo. Em uma dessas rodas, apareceu um garrafa de cachaça. Não era da boa certamente, mas era cachaça. Foi o pior fogo que tomei na minha vida. Vi o mundo de uma perspectiva imiaginável aos olhos sóbrios de hoje. Chamei Jesus de Genésio. O dia seguinte, foi pior que a noite anterior. A ressaca secara minha boca e minha cabeça parecia um festival de marteladas. Inesquecível, tanto que conto há agora, depois de uns quase 20 anos. Desde então, não gosto de cachaça.
Mas parece que esse meu anti-gosto não é compartilhado com o Lula. Talvez agora ele só tenha mudado o rótulo da garrafa. Lula vem enfatizando o desenvolvimento do bio-combustíveis, o que, de um ponto de vista é louvável. Afinal incentiva a pesquisa e desenvolvimento, coisa meio lenta no país. A política do bio-combustíveis de Lula é reconhecida em todo o mundo.
Lobistas do óleo divulgaram recentemente uma pesquisa da ONU, mostrando que o bio-combustível já afeta o mercado antes mesmo de se tornar uma realidade, menos virtual. Nesse relatório, afirma-se a alta nos preços dos alimentos.
É de extrema importância o desenvolvimento de novas tecnologias para os combustíveis uma vez que o petróleo esta com seus dias contados. Precisa-se desenvolver combustíveis que não só impulsione os veículos e a indústria, mas que também não piore o aquecimento global, e ainda por cima gere empregos.
Esse é meu medo com o álcool de Lula. Não só o que ele bebe, mas o projeto Pró-álcool. Todo mundo vê a curto prazo, uma coisa boa. E eu vejo a longo, uma coisa ruim. Álcool precisa de cana. Yes! Nós temos cana. Para o plantio da cana-de açúcar, é preciso terra, muita terra e de novo, Yes! Nós temos terra. Além de que a tecnologia do etanol como combustível é nossa. Então porque não?
Porque o grande problema do Brasil é e sempre foi, e parece que sempre será, a péssima distribuição da renda. Foi assim nos tempos da Coroa. Do café. Do primeiro ciclo da cana-de-açúcar. Da borracha. Dos grandes latifúndios. E hoje dos poucos aglomerados de ricos.
O Pró-álcool traz de volta o risco do latifúndio. Terras e mais terras cheias de cana, produzindo milhões de litros de álcool outros milhões de litros de vinhoto, alguns empregos para bóias-frias, e pouquíssima distribuição de renda.
O comunista Lula, a favor da reforma agraria, da distribuição de terra, padrinho do MST, a favor de tomar a fazenda do FHC, sumiu! Esqueceu-se das teorias comunistas, que talvez tenha aprendido, ou só tenha ouvido falar no disse-que-me-disse. Parece não ver que o Brasil esta parado no tempo. Ficou na lembrança para a lembrança o slogan, “país do futuro”, para voltar a ser o grande latifúndio do mundo. Tudo porque falta dar fermento a classe média que hoje é inexistente, faze-la crescer e educa-la. É a única chance do Brasil começar a se movimentar.
Essa história do etanol me deixa preocupado. O relatório da ONU parece fazer sentido uma vez que, não comemos cana, a não ser rapadura e açúcar, mas bebemos, como cachaça ou garapa com pastel na feira.
Eu não bebo e não gosto de cachaça. Mas o Lula continua tomando a dele.
Música: Sera - Legião Urbana - para meus amigos que cantávamos juntos envolta das fogueiras.
Por Fernando Flitz Katayama, Toronto, On Canada 8 June 2007
Saturday, June 02, 2007
Diferenca das Bananas
Moro fora. Sai do Brasil em meu exílio espontâneo. Resolvi deixar as terras brasileiras como Cabral e ir ao desconhecido. Diferentemente de Cabral, que chegou coberto de roupa em um calor invernal, eu cheguei de calças curtas e chinelos de dedo em uma tempestade de neve.
Não é a minha primeira vez fora do Brasil. Dele, já sai muitas vezes, mas nenhuma teve o mesmo objetivo desta vez. Aqui, não é o mundo perfeito. Aliás é muito imperfeito como qualquer lugar. Mas o que é que difere tanto do Brasil que deixei lá atrás?
Não falo dos amigos e família que ficaram, porque esses são realmente insubstituíveis, seres singulares em suas qualidades e defeitos. Não falo também da rica cultura culinária que temos, e eu particularmente, gosto muito. Não há comparação com as nossas bananas e as bananas daqui; yes! Nós temos bananas! Não ouso tocar no assunto das mulheres, as mais belas delícias do planeta estão lá. Ainda mais se tiver na praia. Aquele biquininho, aquela marquinha de sol a praia em si, é o que há!
São coisas que nem o mais louco ou bobo contesta. E não dá nem pra sola do sapato comprar isso com o resto to mundo.
Posso falar de outras coisas do Brasil. Como o famoso “swing” brasileiro, e pelo amor de Deus, não confundam esse “swing” que estou falando com aquele outro “swing”1. Do jeitinho de fazer as coisas e para dar jeito nas coisas. Posso falar também de muitas outras coisas que são particularmente peculiares ao país. Posso descascar o abacaxi Brasil e dizer tudo o que todo mundo já sabe. Cairiam as cascas de corrupção, de malandragem, falta de educação e certamente de falta de vergonha na cara. Cairiam também cascas podres dos três poderes. Entupiriam o esgoto com de dejetos parlamentares. E assim eu iria, me repetindo em cada letra.
Então não o farei.
Contarei, à vocês, coisas que talvez já sabiam ou que talvez não.
Aqui, as taxas que pago são altíssimas. Está lá estampada no recibo, e as vezes, a maioria delas doí ao ver. Pago também, já descontado na fonte, um outro tanto. E doí mais ainda. Mas quando doí, ligo 911. E acreditem os caras chegam em 5 minutos. Ou vou ao hospital e lá sou atendido. Espero, é verdade, mas sou dignamente atendido.
Tem sempre um cara de uniforme azul por perto. Ele é chato, não deixa beber e dirigir, dá multas e faz a lei funcionar. Mas ele não faz muito não, não tem crime.
Toda criança vai a escola. Não sei se são as melhores do mundo, mas certamente eles aprendem alguma coisa. Mas todos vão. E papai e mamãe que é preocupado com a educação dos filhos não precisa pagar a mais para tê-la.
Pequenas coisas do cotidiano também são diferentes. Coisas que parecem estúpidas, insignificantes, ridículas mas fazem a diferença na sociedade como um todo. Os carros param para os pedestres. Os pedestres, na maioria das vezes esperam o sinal abrir para atravessar na faixa. Não ultrapassam na faixa dupla. Não jogam papel no chão, tem lixo, e separado para a reciclagem. Esperam a vez na fila. Param no sinal vermelho, mesmo a noite, quando não tem ninguém, afinal não tem malandro pra assustar.
Parece pouco né? Aqui cada um faz a sua parte e não reclama da parte do outro. Tudo parece funcionar bem. Essa é a grande diferença. Cada um faz a sua parte . Para que funcione é preciso que cada um faça a sua e não empurre a responsabilidade para o outro. E no Brasil sempre a responsabilidade é do outro e nunca nossa.
Notas* : 1 Swing também é conhecido como troca de casais no submundo do sexo.
Música: Get It Together - Seal
Por Fernando Flitz Katayama, Toronto, On Canada 2 June 2007
Não é a minha primeira vez fora do Brasil. Dele, já sai muitas vezes, mas nenhuma teve o mesmo objetivo desta vez. Aqui, não é o mundo perfeito. Aliás é muito imperfeito como qualquer lugar. Mas o que é que difere tanto do Brasil que deixei lá atrás?
Não falo dos amigos e família que ficaram, porque esses são realmente insubstituíveis, seres singulares em suas qualidades e defeitos. Não falo também da rica cultura culinária que temos, e eu particularmente, gosto muito. Não há comparação com as nossas bananas e as bananas daqui; yes! Nós temos bananas! Não ouso tocar no assunto das mulheres, as mais belas delícias do planeta estão lá. Ainda mais se tiver na praia. Aquele biquininho, aquela marquinha de sol a praia em si, é o que há!
São coisas que nem o mais louco ou bobo contesta. E não dá nem pra sola do sapato comprar isso com o resto to mundo.
Posso falar de outras coisas do Brasil. Como o famoso “swing” brasileiro, e pelo amor de Deus, não confundam esse “swing” que estou falando com aquele outro “swing”1. Do jeitinho de fazer as coisas e para dar jeito nas coisas. Posso falar também de muitas outras coisas que são particularmente peculiares ao país. Posso descascar o abacaxi Brasil e dizer tudo o que todo mundo já sabe. Cairiam as cascas de corrupção, de malandragem, falta de educação e certamente de falta de vergonha na cara. Cairiam também cascas podres dos três poderes. Entupiriam o esgoto com de dejetos parlamentares. E assim eu iria, me repetindo em cada letra.
Então não o farei.
Contarei, à vocês, coisas que talvez já sabiam ou que talvez não.
Aqui, as taxas que pago são altíssimas. Está lá estampada no recibo, e as vezes, a maioria delas doí ao ver. Pago também, já descontado na fonte, um outro tanto. E doí mais ainda. Mas quando doí, ligo 911. E acreditem os caras chegam em 5 minutos. Ou vou ao hospital e lá sou atendido. Espero, é verdade, mas sou dignamente atendido.
Tem sempre um cara de uniforme azul por perto. Ele é chato, não deixa beber e dirigir, dá multas e faz a lei funcionar. Mas ele não faz muito não, não tem crime.
Toda criança vai a escola. Não sei se são as melhores do mundo, mas certamente eles aprendem alguma coisa. Mas todos vão. E papai e mamãe que é preocupado com a educação dos filhos não precisa pagar a mais para tê-la.
Pequenas coisas do cotidiano também são diferentes. Coisas que parecem estúpidas, insignificantes, ridículas mas fazem a diferença na sociedade como um todo. Os carros param para os pedestres. Os pedestres, na maioria das vezes esperam o sinal abrir para atravessar na faixa. Não ultrapassam na faixa dupla. Não jogam papel no chão, tem lixo, e separado para a reciclagem. Esperam a vez na fila. Param no sinal vermelho, mesmo a noite, quando não tem ninguém, afinal não tem malandro pra assustar.
Parece pouco né? Aqui cada um faz a sua parte e não reclama da parte do outro. Tudo parece funcionar bem. Essa é a grande diferença. Cada um faz a sua parte . Para que funcione é preciso que cada um faça a sua e não empurre a responsabilidade para o outro. E no Brasil sempre a responsabilidade é do outro e nunca nossa.
Notas* : 1 Swing também é conhecido como troca de casais no submundo do sexo.
Música: Get It Together - Seal
Por Fernando Flitz Katayama, Toronto, On Canada 2 June 2007
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