É como todo ano, a gente acha que o ano passou rápido demais e já é Ano Novo. E esse ano não foi diferente e já é Ano Novo. Como em todo ano, começam as retrospectivas, os melhores e piores do ano, o que foi e o que não foi fato. Tudo revisado para o ano que começa. Lógico que as previsões especulativas, surpreendentes ou óbvias dos oráculos celestes entram na parada.
É assim ano à ano. Pulamos as ondinhas, caso você esteja à beira-mar. Comemos romã, uva, lentilha. Subir um degrau com pé direito, e ai, coitados dos pernetas de direita, estarão marcados pelo resto do ano com o mal agouro. Vestir branco. Calcinha dourada ou vermelha dependendo das suas intenções. E festejamos com fogos de artifícios a morte e o nascimento de mais um ano. Fazemos um brinde com Champanhe e os menos afortunados, com Cidra Cerezer. Não importa, importa o brinde! Mas será mesmo que apesar das mandingas, juras, promessas fazemos do novo ano, um ano novo?!
Como em todo ano, olhamos pra trás pra ver o que restou ou o que foi construído. Vemos que o que fizemos ou o deixamos de fazer. O que poderíamos ter feito melhor. Ou o que nunca deveríamos ter feito. Olhamos os erros, que às vezes nos deixam rubros de vergonha, e esperamos ter aprendido com eles, e talvez ano que vem, não repita-os. E quando olhamos para os acertos, ficamos orgulhosos de ter feito certo e saber o caminho para repetir no próximo ano.
Ano Novo é assim, recheado de lembrança. Lembramos dos anos passados. Dos que passaram nesse ano. Damos risadas da comédia da vida e nos emocionamos com os fatos marcantes de cada um. Lembramos daquele último ano que passamos juntos à praia, em uma ceia improvisada. Lembramos da última vez que sentamos no buteco para comemorar a vitória do time, na última peleja daquele ano distante. Lembramos também dos queridos que se foram nesse ano, e então, lembramos quase a vida toda.
Por isso Ano Novo é antagônico. Pensamos no passado e queremos o futuro. Ano Novo talvez seja a comprovação da teoria da relatividade, já que é possível estar em três diferentes tempos ao mesmo tempo. O passado, presente e futuro estão condensados no mesmo tempo e espaço.
Resta então, à nós decidir como fazer o futuro. Tomar as decisões de final de ano, mesmo que meio de pileque, e seguir a risca o que buscamos. Trabalhar mais ou menos. Viver mais. Perder peso. Ir correr. Viajar. Passar mais tempo com a família. Deixar a família de lado. Saltar de para-quedas! Sei lá!
Mas você sabe.
Música: Any Day Now - Missy Higgins
Por Fernando Flitz Katayama, Toronto, On Canada 31st Dec 2009
Aqui a música desse artigo
Thursday, December 31, 2009
Tuesday, October 20, 2009
Do Rio, Rio ou Choro
A festa tava boa. Todo mundo pulando pelas areias de Copacabana, fazendo o maior auê! O mundo todo estava contente imaginando a gandaia que vai ser! Aquele mundarel de gente, em meio de bundas, mulheres gostosonas e biquíninhozinhos cavadíssimos. Os greengos aqui, já pensando se levam a família ou se vão com a turma do poker de quarta a noite, a opção dois parece ser mais convidativa.
O Governo estava todo pomposo, de peito inflado pela conquista. Lula e os luletes se gambando. O governador tendo orgasmos múltiplos. A oposição com uma pontinha de inveja e um misto de alegria. O pessoal engravatados do bussiness, já pensando em novas estratégias de marketing pare ver se dá para levar mais ouro. Era a festa da conquista da Copa-2014 e da Olimpíadas-2016! De dedinhos para cima, seguindo a marchinha, o Brasil ingênuo sambava a triunfal e histórica dobradinha.
Enquanto tudo é festa nas areias de Copa, no morro, a parcela marginal já age. Eles já começaram a disputa para aumentar suas redes de abastecimento e distribuição. Eles querem ouro, do branco e não aceitam segundo lugar. Para isso disputam à tiro de canhão, bazuca, morteiro, ponto-qualquer-número-maior-que-20 (calibre de metralhadora), arremesso de corpo e a mais nova modalidade, tiro no passarinho (e adeus helicopterozinho). Aliás, o moleque de derrubou o Águia, tá vivendo os dias de glórias do 100m rasos do Bolt. E não estavam nem ai pra festinha que vinha ocorrendo e acabaram com a farra em um simples final de semana. Mudaram radicalmente as notícias dos jornais que falavam antes sobre samba, suor e mulatas, para tiroteio, morte e medo.
Talvez agora, o Brasil acorde e descubra que vive em guerra. Morre mais gente ai, que no Afeganistão. As cenas na tevê, se não tivessem legenda, pesaria que alguma coisa estaria acontecendo no Iraque e não no Rio. Isso mostra o total despreparo da força policial nacional, de baixíssimos soldos, baixíssima escolaridade e baixíssimo preparo com alto grau de corrupção. Com a nossa velha e ressente história, falar de colocar o Exército ou a Guarda Nacional nas ruas é quase uma afrontamento a democracia. E a solução existe? Ou o governo vai fazer como fez com o PCC anos atrás e meter um acordão e vai tocando como dá. Até o dia que não der mais, e parece que esta ficando perto esse dia.
A situação dramática e caótica que se encontra o Rio, é só um exemplo do problema. Todo mundo sabe que o problema não é só no Rio, mas é crônico no país todo. O país é tomado pela bandidagem. Não tem como escapar. Se correr, cai no colarinho branco, políticos, conchavos. Se ficar o Comando Vermelho, Amigos dos Amigos, PCC ou um vagabundo qualquer te pega.
É Ney, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
Música: Lucky; Jason Mraz, We Sing We Dance We Steal Things, 2008
Por Fernando Flitz Katayama, Toronto, On Canada 20th October 2009
Aqui a música desse artigo
O Governo estava todo pomposo, de peito inflado pela conquista. Lula e os luletes se gambando. O governador tendo orgasmos múltiplos. A oposição com uma pontinha de inveja e um misto de alegria. O pessoal engravatados do bussiness, já pensando em novas estratégias de marketing pare ver se dá para levar mais ouro. Era a festa da conquista da Copa-2014 e da Olimpíadas-2016! De dedinhos para cima, seguindo a marchinha, o Brasil ingênuo sambava a triunfal e histórica dobradinha.
Enquanto tudo é festa nas areias de Copa, no morro, a parcela marginal já age. Eles já começaram a disputa para aumentar suas redes de abastecimento e distribuição. Eles querem ouro, do branco e não aceitam segundo lugar. Para isso disputam à tiro de canhão, bazuca, morteiro, ponto-qualquer-número-maior-que-20 (calibre de metralhadora), arremesso de corpo e a mais nova modalidade, tiro no passarinho (e adeus helicopterozinho). Aliás, o moleque de derrubou o Águia, tá vivendo os dias de glórias do 100m rasos do Bolt. E não estavam nem ai pra festinha que vinha ocorrendo e acabaram com a farra em um simples final de semana. Mudaram radicalmente as notícias dos jornais que falavam antes sobre samba, suor e mulatas, para tiroteio, morte e medo.
Talvez agora, o Brasil acorde e descubra que vive em guerra. Morre mais gente ai, que no Afeganistão. As cenas na tevê, se não tivessem legenda, pesaria que alguma coisa estaria acontecendo no Iraque e não no Rio. Isso mostra o total despreparo da força policial nacional, de baixíssimos soldos, baixíssima escolaridade e baixíssimo preparo com alto grau de corrupção. Com a nossa velha e ressente história, falar de colocar o Exército ou a Guarda Nacional nas ruas é quase uma afrontamento a democracia. E a solução existe? Ou o governo vai fazer como fez com o PCC anos atrás e meter um acordão e vai tocando como dá. Até o dia que não der mais, e parece que esta ficando perto esse dia.
A situação dramática e caótica que se encontra o Rio, é só um exemplo do problema. Todo mundo sabe que o problema não é só no Rio, mas é crônico no país todo. O país é tomado pela bandidagem. Não tem como escapar. Se correr, cai no colarinho branco, políticos, conchavos. Se ficar o Comando Vermelho, Amigos dos Amigos, PCC ou um vagabundo qualquer te pega.
É Ney, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
Música: Lucky; Jason Mraz, We Sing We Dance We Steal Things, 2008
Por Fernando Flitz Katayama, Toronto, On Canada 20th October 2009
Aqui a música desse artigo
Friday, October 02, 2009
Salto com Vara
Chove um garoa fina, que me faz lembrar de São Paulo. Faz frio. Se fosse inverno já estaria nevando, mas não é. É outono, a 10 graus. Estou esperando o inverno chegar, e tá com cara que vai ser frio pra burro. Tomo meu café e leio as notícias via internet. Ouço músicas e vejo tevê. Devo ser hiperativo.
Nesse dia preguiçoso, afinal garoa e frio, nada melhor que ficar em casa, sem fazer absolutamente nada, talvez embrulhado no edredom ou sentado na poltrona de moleton, e certamente tomando meu cafezinho, li essa notícia que eu, particularmente não me lembrava! Moro fora e a mídia aqui tá dando bola para outras coisas. Eu aqui vendo a chuva cair, enquanto no Brasil parece ser Final de Copa do Mundo. As areias de Copacabana estão tomadas por pessoas, logicamente vestidas de verde e amarelo. Apreensivas, como se a bola estivesse na marca do penalti. Lembrando-me nesse instante 82, Zico e Rossi!
Dessa vez, deu Brasil. Abatendo Chicago com tiro de fuzil. Tokyo por ippon, e Madrid, bem, Madrid tomou um pouco à mais antes da ciesta, e dormiu. Brasil levou a Olimpíada 2016. Talvez um dos grandes feitos do Governo Lula, uma vez que, isso é politicagem pura. Após 120 anos, já tava na hora de colocar a Olimpíada em um país da América do Sul. E ali, não tem outro, se não Brasil.
Essa é uma grande oportunidade para o Brasil sair do atoleiro. E parece que dessa vez, vai! Primeiro temos a Copa, em 2014, depois, os Jogos. É uma imensa injeção de dinheiro. E de oportunidades. É a hora de olharmos para o futuro, desenhar o projeto para onde queremos ir. Para os governantes alinhem nosso país em direção à prosperidade. A oportunidade é única. Tem que ser o tiro certeiro. O golpe perfeito. A corrida sem erros.
Para isso precisamos de uma equipe de ponta, com vontade de vencer. O sucesso dos jogos não é só durante o mês que ele acontece, onde terá muito samba, suor e cerveja. É depois e antes. Antes para fazer acontecer, e depois para colher os frutos.
É preciso vontade política de mudança. Mas não só dos políticos, mas da população toda. É a hora de virar a mesa. Partir para o contra-ataque e vencer a partida! E isso que me preocupa. A falta de vontade com o coletivo. Talvez nossa herança extrativista continue empreguinada nos nossos DNA’s. Como nossos patricios em 1500, já tem gente pensando onde é que ele vai conseguir a boca-livre, o contrato milionário, e encher o cú de dinheiro. O PT tá inchado de glória, vendo mais uma forte plataforma. E lógico que no morro os traficantes estão tão ou mais felizes que os políticos, afinal, vejo daqui, os cifrões nos olhos deles. O Governo vai ter que acertar contratos com esses caras para que a coisa aconteça. E essa é uma realidade que terá que mudar para dizermos que somos campeões.
Música: This Fine Social Scene - Zero 7, feat. Sia
Por Fernando Flitz Katayama, Toronto, On Canada 2nd October 2009
Aqui a música desse artigo
Nesse dia preguiçoso, afinal garoa e frio, nada melhor que ficar em casa, sem fazer absolutamente nada, talvez embrulhado no edredom ou sentado na poltrona de moleton, e certamente tomando meu cafezinho, li essa notícia que eu, particularmente não me lembrava! Moro fora e a mídia aqui tá dando bola para outras coisas. Eu aqui vendo a chuva cair, enquanto no Brasil parece ser Final de Copa do Mundo. As areias de Copacabana estão tomadas por pessoas, logicamente vestidas de verde e amarelo. Apreensivas, como se a bola estivesse na marca do penalti. Lembrando-me nesse instante 82, Zico e Rossi!
Dessa vez, deu Brasil. Abatendo Chicago com tiro de fuzil. Tokyo por ippon, e Madrid, bem, Madrid tomou um pouco à mais antes da ciesta, e dormiu. Brasil levou a Olimpíada 2016. Talvez um dos grandes feitos do Governo Lula, uma vez que, isso é politicagem pura. Após 120 anos, já tava na hora de colocar a Olimpíada em um país da América do Sul. E ali, não tem outro, se não Brasil.
Essa é uma grande oportunidade para o Brasil sair do atoleiro. E parece que dessa vez, vai! Primeiro temos a Copa, em 2014, depois, os Jogos. É uma imensa injeção de dinheiro. E de oportunidades. É a hora de olharmos para o futuro, desenhar o projeto para onde queremos ir. Para os governantes alinhem nosso país em direção à prosperidade. A oportunidade é única. Tem que ser o tiro certeiro. O golpe perfeito. A corrida sem erros.
Para isso precisamos de uma equipe de ponta, com vontade de vencer. O sucesso dos jogos não é só durante o mês que ele acontece, onde terá muito samba, suor e cerveja. É depois e antes. Antes para fazer acontecer, e depois para colher os frutos.
É preciso vontade política de mudança. Mas não só dos políticos, mas da população toda. É a hora de virar a mesa. Partir para o contra-ataque e vencer a partida! E isso que me preocupa. A falta de vontade com o coletivo. Talvez nossa herança extrativista continue empreguinada nos nossos DNA’s. Como nossos patricios em 1500, já tem gente pensando onde é que ele vai conseguir a boca-livre, o contrato milionário, e encher o cú de dinheiro. O PT tá inchado de glória, vendo mais uma forte plataforma. E lógico que no morro os traficantes estão tão ou mais felizes que os políticos, afinal, vejo daqui, os cifrões nos olhos deles. O Governo vai ter que acertar contratos com esses caras para que a coisa aconteça. E essa é uma realidade que terá que mudar para dizermos que somos campeões.
Música: This Fine Social Scene - Zero 7, feat. Sia
Por Fernando Flitz Katayama, Toronto, On Canada 2nd October 2009
Aqui a música desse artigo
Tuesday, June 16, 2009
Omo, o Branco que Sua Família Merece.
Outro dia me lembrava dos comercias de Tv que via quando criança. Hoje são clássicos da história publicitárias da Tv, na época não me parecia nada demais.
Lembrei aquele do baleiro, que o molequinho girava o baleiro, e o singlezinho acompanhava, até que o baleiro parasse e ele pegava “a bala mais gostosa do planeta”. Lembrei também do moleque ruivo, o Ferrugem, hoje já tá velho e colocava no pé, o sapato “tão bonitinho”. Tinha também o Sanito. O monstro que surgia do lixo, da marca Sanito, para os sacos de lixo. Sanito virou nome de saco de lixo. E da gostosinha do sutiã, e eu nunca achei ela nem gostosinha e nem bonita, mesmo assim, o primeiro a gente nunca esquece. E assim muitos outros que agora não vou lista-los.
Tem um que me chama atenção pelo momento que o mundo vive hoje.
É o Omo. Sabão em pó. Tiveram dezenas de comerciais. Uma série e todos acabavam com “o branco que sua família merece”. Antes no começo, era só um produto, que prometia lavar mais por menos e ainda deixar a roupa branca, branquinha, branquinha. Ai, fizeram o Omo Cores, o Omo Máquina, o Omo Líquido. E todos prometem a mesma coisa: lavar por menos e deixar a roupa branquinha ou não tirar a cor, mas de certo, deixa-la limpa. E não importava, Omo estava em todos os canais, todas as horas. O Omo tava lá, com suas inúmeras séries.
Você deve estar ai me perguntando, o que é que tem o momento de hoje, com o sabão em pó (ou líquido ou seja lá a forma que for)? - afinal o Omo tá ai, lava roupa e boas! Além de que tem gente que prefira outra marca…
A conexão é simples. É o Pretinho Báscio da Casa Branca. É o Obama!
Isso mesmo: Obama.
O Presidente Obama é como Omo. Ele ta em todo que é canal de Tv, não importa a hora do dia. So zappear que você encontrará uma versão do Obama. Ora tá discursando para formandos em uma Universidade, ora tá no Egito vendo esfinge, noutro tá no Senado, ou então falando com algum outro escalão de um outro país. As vezes, até, falando com “o cara” Lula. Obama tá na Tv como o Omo. Agora ta cotado como um dos mais elegantes do mundo, e lançou moda, para político sem gravata!
Como o Omo, Obama está tentando limpar a sujeira do Bush. E não foi uma sujeirinha dessas quaisquer, que sai com água morna, sabãozinho e esfregadinha. Não! Foi muito mais que uma freada na cueca! Obama corre o mundo para falar que ele quer o mundo mais limpo, que roupas coloridas podem ficar juntas com roupas brancas. Que quer ver todo mundo limpo e sem manchas. Isso é o que ele, eu, você e todo mundo quer. Ele precisará de muito Omo, e no final, espero dizer à todos que: Obama é o branco que sua família merece.
Notas: rode o baleiro era do drops Kids; Ortopé, tão bunitinho; Sanito da Sanito; valisiere, suitãs
Música: Black Balloon, Goo Goo Dolls; Dizzy Up the Girl, 1998
Por Fernando Flitz Katayama, Toronto, On Canada 16 June 2009
Aqui a música desse artigo
Lembrei aquele do baleiro, que o molequinho girava o baleiro, e o singlezinho acompanhava, até que o baleiro parasse e ele pegava “a bala mais gostosa do planeta”. Lembrei também do moleque ruivo, o Ferrugem, hoje já tá velho e colocava no pé, o sapato “tão bonitinho”. Tinha também o Sanito. O monstro que surgia do lixo, da marca Sanito, para os sacos de lixo. Sanito virou nome de saco de lixo. E da gostosinha do sutiã, e eu nunca achei ela nem gostosinha e nem bonita, mesmo assim, o primeiro a gente nunca esquece. E assim muitos outros que agora não vou lista-los.
Tem um que me chama atenção pelo momento que o mundo vive hoje.
É o Omo. Sabão em pó. Tiveram dezenas de comerciais. Uma série e todos acabavam com “o branco que sua família merece”. Antes no começo, era só um produto, que prometia lavar mais por menos e ainda deixar a roupa branca, branquinha, branquinha. Ai, fizeram o Omo Cores, o Omo Máquina, o Omo Líquido. E todos prometem a mesma coisa: lavar por menos e deixar a roupa branquinha ou não tirar a cor, mas de certo, deixa-la limpa. E não importava, Omo estava em todos os canais, todas as horas. O Omo tava lá, com suas inúmeras séries.
Você deve estar ai me perguntando, o que é que tem o momento de hoje, com o sabão em pó (ou líquido ou seja lá a forma que for)? - afinal o Omo tá ai, lava roupa e boas! Além de que tem gente que prefira outra marca…
A conexão é simples. É o Pretinho Báscio da Casa Branca. É o Obama!
Isso mesmo: Obama.
O Presidente Obama é como Omo. Ele ta em todo que é canal de Tv, não importa a hora do dia. So zappear que você encontrará uma versão do Obama. Ora tá discursando para formandos em uma Universidade, ora tá no Egito vendo esfinge, noutro tá no Senado, ou então falando com algum outro escalão de um outro país. As vezes, até, falando com “o cara” Lula. Obama tá na Tv como o Omo. Agora ta cotado como um dos mais elegantes do mundo, e lançou moda, para político sem gravata!
Como o Omo, Obama está tentando limpar a sujeira do Bush. E não foi uma sujeirinha dessas quaisquer, que sai com água morna, sabãozinho e esfregadinha. Não! Foi muito mais que uma freada na cueca! Obama corre o mundo para falar que ele quer o mundo mais limpo, que roupas coloridas podem ficar juntas com roupas brancas. Que quer ver todo mundo limpo e sem manchas. Isso é o que ele, eu, você e todo mundo quer. Ele precisará de muito Omo, e no final, espero dizer à todos que: Obama é o branco que sua família merece.
Notas: rode o baleiro era do drops Kids; Ortopé, tão bunitinho; Sanito da Sanito; valisiere, suitãs
Música: Black Balloon, Goo Goo Dolls; Dizzy Up the Girl, 1998
Por Fernando Flitz Katayama, Toronto, On Canada 16 June 2009
Aqui a música desse artigo
Sunday, May 17, 2009
Suite 40
As possibilidades são infinitas. A porta fecha.
Naquela tarde de sol de um Domingo, que não seria como outro qualquer, tudo poderia acontecer.
Tinha jogo de futebol. Talvez fosse a final do campeonato. Não importava . O campeão já estava definido, seria impossível para o adversário reverter a vantagem. Passava também algum filme já reprisado por uma centena de milhares de vezes. Certamente, um programa horroroso dominical estava no ar. A rádio tocava algum top 10. Nada disso é diferente de algum outro domingo de sol.
Uns lavam o carrão. Outros dormem no sofazão com a barriga de fora, depois do almoço familiar, e roncam. Teve lazanha. Alguns, mais jovem, dançam o pagode no churrasco entre amigos. No clube, as meninas de pele dourada tomam sol à beira da piscina, causando frisson, e desfilando maravilhosos pares de bundas. Uns foram a missa pela manhã, outros irão à tarde.
Alguns mais pacatos lêem seu livro, deitado na rede, sentindo a brisa fresca na sacada. Uns só escutam os pássaros e contemplam a natureza. E outros esperam o tempo passar, já com o sentimento que o Domingo vai acabar, que o Fantástico já vai começar e a rotina da Segunda-Feira vai começar logo pela manhã.
E tudo isso seria verdade, se o medo de arriscar não fosse colocado de lado. De deixar o cotidiano meticulosamente desenhado para ser repetido, repetido, repetido, repetido, repetido, e quebrar os códigos osmoticamente empregnados. Seria um Domingo qualquer.
Mas então a porta fechou-se e tudo mudou.
Não existia mais dia. Não era mais final de semana. Era apenas, lá dentro.
Os corpos, dois, movem-se como um. Sincronia. Sintonia. Acrobacia. Beijos, abraços, suor. O gosto gostoso. Conversas infinitas. As horas, já não se contam mais, não há sentido nisso. Perde-se as horas. A cabeça sobre o peito. O coração pulsa acelerado em estado de repouso. O tremor do corpo. A pele macia e perfume de mulher. O sorriso marroto. A gargalhada escrachada. O êxtase em suas mil formas. Sede que quero mais. Boca seca do grito e o beijo molhado.
A porta fechou e então todas as possibilidades infinitas se abriram. Não era um Domingo qualquer.
Basta arriscar.
Música: Human - The killers
Por Fernando Flitz Katayama, Toronto, On Canada 17 May 2009
Aqui a música desse artigo
Naquela tarde de sol de um Domingo, que não seria como outro qualquer, tudo poderia acontecer.
Tinha jogo de futebol. Talvez fosse a final do campeonato. Não importava . O campeão já estava definido, seria impossível para o adversário reverter a vantagem. Passava também algum filme já reprisado por uma centena de milhares de vezes. Certamente, um programa horroroso dominical estava no ar. A rádio tocava algum top 10. Nada disso é diferente de algum outro domingo de sol.
Uns lavam o carrão. Outros dormem no sofazão com a barriga de fora, depois do almoço familiar, e roncam. Teve lazanha. Alguns, mais jovem, dançam o pagode no churrasco entre amigos. No clube, as meninas de pele dourada tomam sol à beira da piscina, causando frisson, e desfilando maravilhosos pares de bundas. Uns foram a missa pela manhã, outros irão à tarde.
Alguns mais pacatos lêem seu livro, deitado na rede, sentindo a brisa fresca na sacada. Uns só escutam os pássaros e contemplam a natureza. E outros esperam o tempo passar, já com o sentimento que o Domingo vai acabar, que o Fantástico já vai começar e a rotina da Segunda-Feira vai começar logo pela manhã.
E tudo isso seria verdade, se o medo de arriscar não fosse colocado de lado. De deixar o cotidiano meticulosamente desenhado para ser repetido, repetido, repetido, repetido, repetido, e quebrar os códigos osmoticamente empregnados. Seria um Domingo qualquer.
Mas então a porta fechou-se e tudo mudou.
Não existia mais dia. Não era mais final de semana. Era apenas, lá dentro.
Os corpos, dois, movem-se como um. Sincronia. Sintonia. Acrobacia. Beijos, abraços, suor. O gosto gostoso. Conversas infinitas. As horas, já não se contam mais, não há sentido nisso. Perde-se as horas. A cabeça sobre o peito. O coração pulsa acelerado em estado de repouso. O tremor do corpo. A pele macia e perfume de mulher. O sorriso marroto. A gargalhada escrachada. O êxtase em suas mil formas. Sede que quero mais. Boca seca do grito e o beijo molhado.
A porta fechou e então todas as possibilidades infinitas se abriram. Não era um Domingo qualquer.
Basta arriscar.
Música: Human - The killers
Por Fernando Flitz Katayama, Toronto, On Canada 17 May 2009
Aqui a música desse artigo
Sunday, May 10, 2009
Kú for rent

depois de minhas merecidas férias, volto!
nada melhor do que voltar,
contando piada.
nota: fotografia feita na College Street, Toronto. Comecinho de verão.
foto 7 maio 2009 by f Katayama
texto by f Katayama
Música: PDA - We just don't care - John Legend
Por Fernando Flitz Katayama, Toronto, On Canada 10 May 2009
Aqui a música desse artigo
Thursday, January 22, 2009
Casa Branca Com Pontinho Preto
Começou o ano à todo vapor. Nada pára para o final de ano. Não tem dessa de recesso, e duas semanas de pernas pro ar, até que o ano vire e esperemos o Carnaval, para realmente começar, e planejar a próxima festa de fim-de-ano! Não, aqui não pára. Pode estar caindo o mundo em flocos ou fazendo frio que até a eletrecidade congela no fio, que o mundo não pára aqui!
E nesse ano eu não escrevi que acredito Papai Noel tanto que não gosto dele. Não escrevi que gosto do ano novo, com todo mundo de branco, pulando ondinhas, só pra ver as gostosas na praia de branco, ficando com a roupa molhada, sexy e transparentes. É, não escrevi. A vida corrida desocupou a minha cabeça de pensamentos de qualidade, agora há um grande vaizo, e põe vazio nisso, já que minha cabeça é enorme, como diria meu amigo do peito.
Mas como ia dizendo, esse ano começou com tudo. O mundo todo estava esperando por ontem! Dia 20 de Janeiro, data historicamente mundial, à partir de ontem. Dia que o Tubinho Preto Básico, assumiu oficialmente a poltrona da Casa. Oblackma, é o show. O mundo ligou seus televisores para acompanhar a sua posse. O mundo viu online. Yes we can, eles gritavam. Eu não vi, No I can’t, I have to work! E não vi o Tubinho preferido do mundo assumir o comando do Salão Oval. Vi depois no playback, e pensei que era um concerto de Rock, com algum rockstar desses ai! Não era, era Obama dançando no palco com sua senhora, enquanto podia-se ver, milhões de cameras e braços levantados para tirar foto do novo ídolo.
Obama quebra o tabu da Casa Branca, e é o primeiro preto ao sentar-se lá, mas também inicia a política do rock! Em coro jovens pela América gritavam o jargão eleitoral, para o novo Beatles. Umas mais frenéticas pareciam chorar. Lembrou-me imagens de ’60 quando os reis do ye ye ye, subiam no palco. Histeria e flahes.
Obama trouxe a força dos jovens para seu lado, e reforça em seus discursos, recrutando mais e mais para fazer a mudança na América. É o rebelde politico, inflando as massas para a revolução, que não vai acontecer, não nos moldes que é conhecida. É a nova política. Política Rockstar!
Depois da desastrosa Era Bushiniana, a Era Obama parece inspirar não só os jovens da classe média americana, destroçada pela economia fragilizada e pela guerra inútil, mas o mundo todo. O mundo deposita nesse homem, uma melhor admistração, causando menos tumulto para todos. E convenhamos que, para fazer pior, tem que ser muito bom em fazer coisa ruim, porque pior que Bush, não há.
É evidente que as expectativas vão além, esperando que um homem só, mude o mundo, dessa vez pra melhor, se bem que é possivel, já que um homem só fez, só que pra pior.
Música: Saving My Face - KT Tungstall
Por Fernando Flitz Katayama, Toronto, On Canada 12 Dec 2008Aqui a música desse artigo
E nesse ano eu não escrevi que acredito Papai Noel tanto que não gosto dele. Não escrevi que gosto do ano novo, com todo mundo de branco, pulando ondinhas, só pra ver as gostosas na praia de branco, ficando com a roupa molhada, sexy e transparentes. É, não escrevi. A vida corrida desocupou a minha cabeça de pensamentos de qualidade, agora há um grande vaizo, e põe vazio nisso, já que minha cabeça é enorme, como diria meu amigo do peito.
Mas como ia dizendo, esse ano começou com tudo. O mundo todo estava esperando por ontem! Dia 20 de Janeiro, data historicamente mundial, à partir de ontem. Dia que o Tubinho Preto Básico, assumiu oficialmente a poltrona da Casa. Oblackma, é o show. O mundo ligou seus televisores para acompanhar a sua posse. O mundo viu online. Yes we can, eles gritavam. Eu não vi, No I can’t, I have to work! E não vi o Tubinho preferido do mundo assumir o comando do Salão Oval. Vi depois no playback, e pensei que era um concerto de Rock, com algum rockstar desses ai! Não era, era Obama dançando no palco com sua senhora, enquanto podia-se ver, milhões de cameras e braços levantados para tirar foto do novo ídolo.
Obama quebra o tabu da Casa Branca, e é o primeiro preto ao sentar-se lá, mas também inicia a política do rock! Em coro jovens pela América gritavam o jargão eleitoral, para o novo Beatles. Umas mais frenéticas pareciam chorar. Lembrou-me imagens de ’60 quando os reis do ye ye ye, subiam no palco. Histeria e flahes.
Obama trouxe a força dos jovens para seu lado, e reforça em seus discursos, recrutando mais e mais para fazer a mudança na América. É o rebelde politico, inflando as massas para a revolução, que não vai acontecer, não nos moldes que é conhecida. É a nova política. Política Rockstar!
Depois da desastrosa Era Bushiniana, a Era Obama parece inspirar não só os jovens da classe média americana, destroçada pela economia fragilizada e pela guerra inútil, mas o mundo todo. O mundo deposita nesse homem, uma melhor admistração, causando menos tumulto para todos. E convenhamos que, para fazer pior, tem que ser muito bom em fazer coisa ruim, porque pior que Bush, não há.
É evidente que as expectativas vão além, esperando que um homem só, mude o mundo, dessa vez pra melhor, se bem que é possivel, já que um homem só fez, só que pra pior.
Música: Saving My Face - KT Tungstall
Por Fernando Flitz Katayama, Toronto, On Canada 12 Dec 2008Aqui a música desse artigo
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