Alguma coisa deve acontecer entre os paralelos 0 e 35. Pode ser o calor que cozinha o cérebro de alguns. Às vezes é em clima árido, desértico. Outras vezes em clima tropical amazônico, que de tão úmido parece ser uma sauna. Em um nunca chove e quando chove o povo não sabe se diz Aleluia ou se chora, uma vez que é torrencial e alaga tudo. No outro chove todo dia e às vezes, o dia todo, todo dia. O povo já acostumou andar molhado.
O clima amazônico é realmente diferente do clima do deserto. Mas parece que as diferenças acabam ai. Parece que nessa faixa, compreendia pouco acima e pouco abaixo do equador, a pressão dos ventos, marés, sol é maior. Deve gerar o comportamento semelhante.
Na floresta amazônica, terroristas da milícia armada colombiana, as Farc. No deserto afegão, os terroristas extremistas talibans. Um diz que luta pela igualdade e dignidade do povo. Outro por Alá e o mundo islâmico. Não medem esforços para que seus objetivos sejam atingidos. Em nome da Causa, o meio justifica o fim. A estratégia é esmagar o que for obstáculo. Seqüestram, matam, atacam, e que morra quem se meter no meio ou que estiver no meio, por acaso, se assim for o caso.
Na luta contra terror, Bush, o macaco branco americano, começou a Guerra infindável no oriente médio. Ele queria mesmo é o petróleo. Agora lutam lá, sem saber porquê. O mesmo acontece no Afeganistão, que entrincheirados nas Colinas, o talibans planejam a sua conquista do Mundo. Me pergunto se Bush, vai mandar os Marines para a Colombia. Já que terrorista é terrorista e as Farc são farinha do mesmo saco dos talibans. Diferem é que a farinha das Farc é de cocaína e do Taliban é de ópio. Mas se igualam por serem motivados pela lógica mercadológica do tráfico de drogas e pelos lucros assombrosos desse mercado.
Enquanto o mundo assiste as atrocidades da Guerra, a morte de soldados em luta contra o cata-vento, a fuga espetacular do cativeiro, a explosão na embaixada, atentados contra a existência da vida, como em um filme de Hollywood, os terroristas talibenhos e das Farc vão conquistando o mundo, usando da estratégia mais sorrateira possível, desviando o olhar para a pirotecnia bélica enquanto dominam o mundo pelas narinas – dos outros.
Música: Je t’amie a la haine - Soprano
Por Fernando Flitz Katayama, Toronto, On Canada 9 July 2008
1 comment:
Muito bom o texto. Vou ler os outros, pois gostei da maneira como você expõe suas idéias.
Te vi no grupo do Canadá.
Abraços,
Vanessa
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