
Domingo. Um dia de sol. Frio é verdade, mas um dia bonito. A neve esta acumulada da tempestade dos dias anteriores. Resolvi passear com minha bicicleta e desfrutar do dia ensolarado. Pedalava pela cidade e me deparei com um restaurantezinho com um nome muito familiar à mim.
A lembrança dos meus dias de moleque vieram à tona. Dias em que éramos preocupados com a peleja da sexta, dos Camisa e dos Sem Camisa, e não necessariamente jogávamos sempre para o mesmo time! Até montamos um time que nunca perdia, como consta nos autos secretos. Voltam lembranças das brincadeiras e a amizade inseparável. E claro que não deixaria de me lembrar da nossa vontade de mudar o mundo. Minha galera era talvez, politicamente correta demais para pensar em uma revolução armada, mas éramos insatisfeitos como todo jovem cheio de energia, queríamos o mundo melhor.
É impossível não lembrar das histórias que escrevemos sentados na mesa do restaurante, conspirando à favor do mundo em meio a piadas e conversas de botequim. Na mesma mesa conversávamos sobres os amores e desamores, entre um copo de cerveja gelado e um bom petisco. Incontáveis noites e memoráveis histórias.
Mas também me lembrou das vezes, que ia ao restaurante com meu pai, e como bons garfos comíamos, e como comíamos bem. Lembrou-me das muitas conversas que tive, sentado à mesa, quando conversávamos sobre tudo, e do quanto aprendi com ele, e do quanto ensinei. Lembrou-me das vezes, que levamos para casa, coisas do restaurante para minha mãe, e como ela gostava! Na mesa do restaurante, aprendia a cozinhar com minha mãe. Sei cozinhar, mas não chego perto da sua deliciosa comidinha.
Esse nome me trouxe mesmo muitas lembranças e muitas saudades. Lembranças dos que lá deixei e conheço, e até uma saudade estranha, daqueles que eu não conheço como os filhos dos meus queridos amigos e meus lindos sobrinhos recém-nascidos.
Notas* Arabesk era o nome do restaurante do meu grande amigo Carlão, o qual freqüentávamos assiduamente. Arabesque, foi o restaurante que passei em frente, nunca fui lá, e nem sabia que existia.
Música: Take the way home - Supertramp - Classics Vol 9
Por Fernando Flitz Katayama, Toronto, On Canada 9 March 2008
2 comments:
Cheguei até aqui a convite de Leonor, que sabe que como blogueiro ia gostar das tuas coisas.
Essa primeira passada, rápida, é só para marcar presença e dizer que volto, com a calma que teu blog merece.
Um abração,
Zédu
PS. Passe lá pelo me blog e vamos trocar figurinhas.
Oi Paxá.
Adorei o texto. Adorei as lembranças. Adorei que faço parte de algumas dessas lembranças.
Legal perceber que estamos conectados por essas memórias.
Percebi tambem que compartilhamos a saudades da turma.
Estou no Mexico desde Fevereiro e devo ficar por aqui até final de Abril. Consegui uma semana de break e fui para a California me encontrar com a Sandra (namorada). Voltei segunda.
Um abraço e te cuida,
Rodrigo Ornellas
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