Wednesday, June 14, 2006

Olha o Passo do Elefantinho

Tem uma multidão festiva. Uns pintados. Outros de camisa. Outros sem. Com peruca ou carecas. Cara pintada ou cara torcida. Ta todo mundo la.
Uma porção de camisa amarela. Outra porção de camisa “bandeira de chegada da fórmula 1”.
Unhas são comidas nos quatro cantos do planeta. Uns no estádio. Outros pela tv e alguns, é alguns, ainda pelo radio.
Nem começou o jogo ainda. Já tem nego com dor de barriga e nervoso. Tem uma galera já fazendo churrasco, em plena terça-feira e é meio do dia. Dia de jogo é feriado.
É impossível não falar de futebol, mesmo estando longe da febre amarela e verde que toma o país. Aqui, em New York, vejo o jogo pela tv. Nada de Rede Globo, vejo por uma rede mexicana. Aqui, nem todo mundo sabe o que é futebol, alguns confundem com o jogo deles, o futebol jogado com as mãos, e vai lá saber por que é que é Foot, mas os que sabem, ahhh sabem de Ronaldinho e Brraazill. Depois do jogo, alguns gritavam em minha direção, ou melhor, a cor amarela e verde, “Go Brazilll!!!”, sem ter a mínima idéia do sufoco que foi o primeiro jogo da Copa.
Todas as explicações são cabíveis e até entendemos, mas não nos conformamos. Como espectadores, ou melhor, como torcedores, queríamos mesmo é o show. Show de bola do Ronaldinho e sua trupe. Queríamos não só o Drible-Elástico, mas o placar também elástico.
Vimos mesmo é a Croácia bem armada, segura de si e muitas vezes, mais perigosa que o Brasil.
A vitória suada com o golaço do moleque Kaka foi o que restou de espetacular no jogo, que em suma, foi nada de mais. Alguns vão dizer que Ronaldinho não jogou bem, ele tava muito marcado.
Mas o time, como um time, parecia meio nas nuvens. Roberto Carlos, com toda sua experiência, quase entregou o ouro, em uma cagada de elefente.
Mas o pior de tudo foi o elefante amarelo plantado em campo. Ronaldo pensa que o nome joga. Que nome ganha jogo. Precisa tomar um tapa na careca, e ouvir o Pânico gritar “pedala gorducho!”. Morto desde a hora que entrou em campo, fez de tudo para sumir. E sumiu. Enquanto o time todo suava, ele tava sequinho. Não fez nada, ou melhor, fez, atrapalhou.
A entrada do Moleque Travesso, Robinho, mudou a característica do jogo. Deu velocidade ao paquiderme selecionado brazuca, deu mais movimentação, o que faltou para o Escrete Canarinho vencer a bem armada Croácia, que até o gol tava vencendo de zero a zero, afinal empate era vitória.
O Brasil já pagou caro na França porque Ronaldo “tinha que jogar a final”, mesmo que com as calças borradas. Na mesma copa, Romário foi cortado, ainda no Brasil, por não estar em condições físicas.
Ronaldo, gordo, mole, lento, pesado, com duas Brastemps 550l nas costas, não pode continuar no time, não tem condições físicas e já alega “febre”. Deve ser de medo.
Mesmo que a FBF mande, Ricardo Teixeira mande, Galvão Bueno mande, ate mesmo que a Nike mande, Ronaldo tem que ficar de fora. Antes que nos mandem de volta para casa mais cedo.

[música do texto: É uma Partida de Futebol – Skank – Samba Pacone 1996]
[primeiro jogo do Brasil na Copa/2006: Brasil 01 X 00 Croacia]
Por Fernando Katayama New York, NY June 13 2006

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