Passei alguns dias afastado da minha máquina. Em uma dessas chuvas de verão, dessas que cai água e tudo mais que se possa imaginar, deu um certo probleminha aqui e perdi, o que os “micreiros*” chamam de “executáveis”. Uma queda repentina de energia, deve ter sido um galho ou um poste que veio ao chão levando também a minha energia, provocou essa perda. Lamentavelmente ou talvez por sorte, fiquei seu meu computador, assim não pude escrever por esses dias. Se eu pensar bem foi ótimo, esqueci por um momento das coisas do Brasil. Agora, por conta própria, já consertei e cá estou eu de novo.
Como não poderia deixar de ser volto ao cenário político. Nesse tempo todo que fiquei fora, e nem foi tanto assim, uns 15 dias, notei que um certo nome vem aparecendo muito nas capas dos principais jornais e noticiários do país. O não menos língua-plesa, Palocci, ou Palófi, como queiram. Intrigou-me.
Porque o único homem que saiu dessa crise-pizza [porque é grande, meia show-pizza, meia séria-mascarada. E já tem pizzaiolo ai, inventando o pizza-terço. Cena: domingo à noite, o cidadão e sua família, na tradicional pizza dominical [e pode ser delivery]; “oh me vê ai uma grande, terço show, terço mascarada e terço eleitoral”], esta aparecendo tanto?
O sr. Palófi, parecia ser “o cara”. Honesto. Cara de mortão. Ar de seriedade. Fala pouco. Só ele saiu de santo. Tentaram até atacá-lo, em vão.
A pergunta me persegue: “porque é que agora o cara tá na evidência?”; “Porque o Lula que chegou a Presidência sem um dedo e durante a crise sacrificou até seu braço direito, e provavelmente, o cérebro, estaria agora sacrificando mais um membro seu?”
Deve ter pensado “antes ele do que eu!”.
Ah! Mais isso é um pensamento muito simples para uma cabeça caipira-analfabeta como a do Lula. Tem coisa ai por trás.
Palófi, esta sendo sondado para ser, conforme for o andar da carruagem, o novo PTeleitoral. Falam isso, falam aquilo. E ele lá, negando. Se perguntarem se ele é filho da mãe dele mesmo, é capaz até de negar. O mesmo acontece com o Lula.
Para mim é uma ação de ataque do Lula. Lula que anda visitando os cafundós já em sua “adormecida campanha branda” e aprendeu certas coisas com os pantaneiros do Mato Grosso. Aprendeu o “Boi de Piranha”.
Vejam só. Enquanto os tucanos se pavoneiam e se despelam. Serra tenta ser o “correto” e o Alckimim tenta encarnar o JK. E o Lula que chega ao final do seu mandato, sem dedo, sem braço, sem cabeça, com escoriações, assiste tudo de longe, mas de binóculos e sem fazer muitos movimentos.
Enquanto isso, ele arremessa o Palófi para as piranhas, assim como os pantaneiros, que para atravessar um rio abarrotado de piranhas, sangram um boi, para passar com a manada. No final, os dois tucanos depenados vão ver o Lula atravessar o rio as custas do Palocci.
[micreiro é um tipo de ser pseudo-humano-chip que surgiu em meados dos anos 80, no inicio da era da informática, e se estabeleceram como uma tribo. São todos aqueles que de certe forma “conversam” com suas máquinas. Falam de bites, bytes, mega e gigabytes com tamanha trivialidade]
Por Fernando Katayama 5 fev. 06
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