Outro dia ouvi uma discussão sobre mulheres. O objeto da discussão era a nacionalidade da mulher. Um dizia que mulher brasileira é melhor que qualquer uma outra. Uma feminista já queria saber saber se o cara estava falando de sexo e tratando a mulher como “pedaço de carne” ou um acessório para a xoxota. E assim foi rolando a conversa. Um disse da mulher negra, que parece ter um grau a mais lá dentro, então era melhor. Outro falou das loucuras suecas. Um disse da falta de ginga da greenga. E lógico passou pela bunda brasileira.
De uma forma ou outra todos temos pelo menos duas mulheres na vida. A mulher que é a sua própria mãe e a outra mulher é a mãe que só existe em campos de futebol, marteladas no dedo, em brigas e coisas similares. E para Freud, a mãe, existente ou não, é responsável pelas loucuras dos filhos. Quem diria a mãe dele.
Enfim a discussão aqui não é da mãe, mas sim, das filhas. Aquela discussão para saber qual é a melhor mulher, é uma puta idiotice. Conheço um monte de mulher, de um monte de lugar, e todas, todas, são ótimas. É lógico que esse assunto passa por várias áreas, mas os mais evidentes obviamente é a beleza do corpo e o gingado sexy. Concordo que brasileira tem um negócio diferente, que nem sei bem explicar, mas que a sueca, a italiana, a espanhola, tem também, e também não sei explicar.
Tenho amigos que acham as mulheres do outdoor as coisas mais espetaculares do mundo. Assim como as capas de revistas e das páginas do meio das revistas masculinas, e até, as de filmes pornô. E não se importam com a nacionalidade. Mas na verdade mesmo, a melhor mulher é aquela que esta com você. Que te faz bem, te leva para um lugar melhor daquele que esta. Aquela que faz a diferença para sua vida. Aquela que te escora quando você parece cair ou aquela que te empurra quando você empaca. Mulher boa mesmo são essas que durante a vida toda, sua e dela, esta ali, para o que der e vier. Mulher que te complementa e te aumenta.
E ai meu amigo, pouco importa o tamanho da bunda ou de onde ela vem.
Música: American Woman - Jimi Hendrix
Por Fernando Flitz Katayama, Toronto, On Canada 18 December 2007
Tuesday, December 18, 2007
Tuesday, December 11, 2007
Meios E Fins
Aguçado pelas notícias que recebi do Brasil, em uma ação pirata ou de coleguismo cibernético assisti o Tropa de Elite. É de prender a atenção. Excursões às favelas. Troca de tiros. Torturas. E muito pó. Acabaria aqui em uma só cheirada.
Mostra a polícia corrupta, o chefe do tráfico e o consumidor playboy. Até ai nada de novo. E o filme não tem nada de novo, porque policia corrupta, tráfico e consumidor de pó é tema batido. Assim como troca de tiro e corpo esticado. Muito menos mocinho e bandido.
Mas o filme vai além do pó entupindo as narinas. No Brasil 2000, carente de heróis, em total desgoverno, repleto de corrupção em todos os níveis e totalmente a mercê da malandragem o filme trouxe de volta o anti-herói. Tivemos o Macunaíma, talvez o mais famoso. O Golias. O Didi. E agora o Nascimento. Talvez o nome propositadamente colocado como mensagem para o nascimento de um herói. Enfim é o super-homem sem capa, que vai trazer ao caos a salvação.
Além de não exonerar a culpa da sociedade a margem da favela, os mocinhos classe média-alta consumidores de coca e maconha, o filme mostra a juventude desinformada, alienada a realidade que a cerca. Mesma juventude ONG-Verde, que quer tudo para todos, quer lutar pelos mais fracos, se intitula intelectual mas é inconsciente e cega. Coloca a culpa na terceira pessoa e pensa que suas ações não refletem para a sociedade. Como é de costume no Brasil, a culpa sempre é do vizinho, assim como a mulher dele é mais gostosa.
No contexto que o Brasil esta, onde a corrupção assola todos os níveis e setores, e incluem eu e você. Onde a polícia é bandido e bandido é bandido mas tem mais poder que a polícia. Onde a sociedade esta mesmo é mais preocupada com o próprio rabo, e reflete isso na falta de vontade política, não só da corja do Planalto mas como da sociedade como um todo. Onde é preciso limpar a lama que corre nas favelas e nos condomínios.
Em meio desse contexto o herói faz do fim a justificativa do meio. Será essa a solução?
Música: Dirty Harry - Gorillaz - Demon Days
Por Fernando Flitz Katayama, Toronto, On Canada Dez 12 2007
Mostra a polícia corrupta, o chefe do tráfico e o consumidor playboy. Até ai nada de novo. E o filme não tem nada de novo, porque policia corrupta, tráfico e consumidor de pó é tema batido. Assim como troca de tiro e corpo esticado. Muito menos mocinho e bandido.
Mas o filme vai além do pó entupindo as narinas. No Brasil 2000, carente de heróis, em total desgoverno, repleto de corrupção em todos os níveis e totalmente a mercê da malandragem o filme trouxe de volta o anti-herói. Tivemos o Macunaíma, talvez o mais famoso. O Golias. O Didi. E agora o Nascimento. Talvez o nome propositadamente colocado como mensagem para o nascimento de um herói. Enfim é o super-homem sem capa, que vai trazer ao caos a salvação.
Além de não exonerar a culpa da sociedade a margem da favela, os mocinhos classe média-alta consumidores de coca e maconha, o filme mostra a juventude desinformada, alienada a realidade que a cerca. Mesma juventude ONG-Verde, que quer tudo para todos, quer lutar pelos mais fracos, se intitula intelectual mas é inconsciente e cega. Coloca a culpa na terceira pessoa e pensa que suas ações não refletem para a sociedade. Como é de costume no Brasil, a culpa sempre é do vizinho, assim como a mulher dele é mais gostosa.
No contexto que o Brasil esta, onde a corrupção assola todos os níveis e setores, e incluem eu e você. Onde a polícia é bandido e bandido é bandido mas tem mais poder que a polícia. Onde a sociedade esta mesmo é mais preocupada com o próprio rabo, e reflete isso na falta de vontade política, não só da corja do Planalto mas como da sociedade como um todo. Onde é preciso limpar a lama que corre nas favelas e nos condomínios.
Em meio desse contexto o herói faz do fim a justificativa do meio. Será essa a solução?
Música: Dirty Harry - Gorillaz - Demon Days
Por Fernando Flitz Katayama, Toronto, On Canada Dez 12 2007
Subscribe to:
Posts (Atom)